Contributos da ciência para a redução do risco.
Agir hoje para proteger o amanhã
12 a 16 de outubro de 2020
Coimbra, Portugal
Nas sociedades atuais, as populações exigem um elevado nível de segurança e bem-estar, assim como a preservação da qualidade do ambiente. Reconhecendo o crescente impacte das crises e a sua complexidade em vastas áreas do globo, a redução dos riscos de catástrofes e a construção de sociedades mais resilientes constituem objetivos do Quadro de Sendai 2015-2030, o qual se articula em torno de quatro prioridades:
- a) aprofundar o conhecimento sobre o risco de catástrofes;
- b) fortalecer a componente da gestão do risco de catástrofes;
- c) investir na componente da redução do risco de catástrofes para uma melhor resiliência;
- d) reforçar a componente da preparação para uma resposta efetiva.
Nestas circunstâncias, a convergência de saberes e de conhecimento científico, seja teórico, aplicado ou tecnológico, bem como de entidades e parceiros, cujos conhecimentos teóricos e experiência técnica contribuam para identificar, caracterizar e avaliar metodicamente os riscos naturais, antrópicos e mistos, que condicionam a segurança das comunidades, torna-se uma importante mais mais-valia. Com efeito, esse conhecimento permite antever as possíveis consequências da manifestação dos riscos e, deste modo, minimizar os prejuízos daí resultantes.
Deste modo, não só a implementação das necessárias medidas de antecipação, com atuação a montante, no quadro do ordenamento do território, através da adequada localização das populações e das atividades económicas e, ainda, da preparação para a resposta, por meio de planeamento de emergência, formação e treino, mas também a própria capacidade de resposta, através do desenvolvimento de protocolos de atuação em cenários de catástrofe, e as posteriores fases de reabilitação, recuperação e reconstrução das áreas afetadas são estratégias fundamentais no denominado “ciclo de gestão de catástrofes”.
A articulação com toda a sociedade civil, através da educação, desde os primeiros anos de vida, e da comunicação para a redução dos riscos, constituem importantes e poderosas ferramentas na promoção de uma cultura de segurança. Educação e comunicação constituem, pois, ferramentas essenciais para garantir a sensibilização da população em matéria de autoproteção e, deste modo, promover uma melhor aplicação do princípio da precaução, contribuindo para a adoção de medidas não só preventivas, antes do risco se manifestar, mas também de mitigação das consequências sempre que vier a manifestar-se. Além disso, no decurso da catástrofe e na fase de recuperação visam, ainda, validar, partilhar, disseminar e combinar diversas informações, provenientes de várias fontes.